Dados do Trabalho

Título

Urticária e Anafilaxia Induzidas por Dipirona e Infecção: Relato de Caso

Resumo

Introdução: A urticária pode surgir em resposta a infecções virais ou bacterianas
devido a mecanismos inflamatórios, como a liberação de histamina e citocinas, as quais
causam placas pruriginosas. Além disso, a exposição a alérgenos ou complexos imunes
durante infecções também pode induzir a urticária. A prevalência de urticária e
anafilaxia associadas ao uso de anti-inflamatórios e infecções é notável, sendo que
reações adversas podem complicar o quadro clínico e necessitar de diagnóstico rápido e
preciso.
Relato de Caso: Paciente feminina, 28 anos, apresentou-se com diarréia, êmese,
astenia, cefaleia e obstrução nasal. Utilizou dipirona, um repositor de flora intestinal e
antieméticos sem melhora do quadro, levando-a a buscar assistência médica. Foram
administradas metoclopramida e dipirona intravenosa. Durante a infusão de
metoclopramida, a paciente relatou intenso mal-estar e decidiu abandonar o
atendimento. Em casa, desenvolveu dificuldade respiratória, eritema facial, cefaleia
agravada, obstrução nasal e rouquidão. Retornou à unidade de saúde e foi internada,
recebendo o tratamento que resultou em melhora, porém não foi informada sobre os
detalhes desse tratamento.
Discussão: A urticária e a anafilaxia podem surgir em resposta a diversos fatores,
incluindo infecções e medicações como a dipirona. A presença de sintomas graves e
potencialmente fatais, como a dificuldade respiratória e o eritema facial, sugerem um
quadro de anafilaxia, potencialmente desencadeado pela dipirona, e favorecido pela
infecção. Portanto, é crucial que médicos em serviços de emergência estejam atentos ao
diagnóstico de anafilaxia, diferenciando-o de outros tipos de reações adversas. O uso da
metoclopramida pode ter contribuído para o mal-estar inicial. A análise cuidadosa e a
atenção à história clínica são essenciais para a identificação precoce e o manejo
adequado de reações anafiláticas.