Dados do Trabalho

Título

SEGURANÇA DA VACINA DE FEBRE AMARELA EM CRIANÇAS ALÉRGICAS AO OVO

Resumo

INTRODUÇÃO: As vacinas contra a febre amarela disponíveis no Brasil são compostas de vírus vivo atenuado cultivado em ovo de galinha, o que gera o risco de reações em paciente alérgicos ao ovo. MÉTODOS: Estudo transversal, no qual foram reunidos pacientes alérgicos ao ovo que não haviam realizado a primeira dose e/ou o reforço da vacina contra febre amarela. Realizado teste cutâneo alérgico (TCA) com a vacina pura em 13 pacientes, sendo considerado positivo a formação de pápula maior ou igual a 3 mm. Nos 2 (15%) com TCA positivo foi realizada dessensibilização com oferta da vacina fracionada. Nos demais realizada aplicação em dose única. A vacina aplicada foi do fabricante Bio-Manguinhos. RESULTADOS: Do total, 1 paciente fez uso de antihistamínico prévio à avaliação, com TCA negativo para histamina (controle positivo) e para a vacina, sendo optado também por dessensibilização com aplicação de dose fracionada, sem intercorrência posterior. 1 paciente apresentou reação durante a dessensibilização, uma pápula de 5mm no local da vacina, que melhorou durante o período de observação, com a administração de anti-histamínico. Do total de 13, 9 (69,2%) pacientes apresentaram TCA negativo, e foram vacinados com vacina pura em uma dose não apresentaram reações. CONCLUSÕES: A realização de TCA prévio à vacinação é um procedimento rápido e eficaz que demonstra sensibilização do paciente, e permite dessa forma, aplicação da vacina com maior segurança. Naqueles não sensibilizados não foram observadas reações. Os pacientes com TCA positivo foram dessensibilizados com sucesso, com apenas um paciente apresentando reação não grave. Não houve reação anafilática à vacina. Concluímos que a vacina de febre amarela pode ser aplicada de forma segura em crianças alérgicas ao ovo, uma vez que em ambiente adequado e precedida de teste alérgico.