Dados do Trabalho


Título

Epidemiologia dos óbitos por doença pelo vírus da imunodeficiência adquirida humana (HIV) no Nordeste Brasileiro entre os anos de 2013 e 2023 – um estudo ecológico.

Resumo

INTRODUÇÃO: O vírus da imunodeficiência adquirida humana (HIV) é um retrovírus que compromete o sistema imunológico, atacando principalmente as células de defesa linfócitos TCD4 +. Sem tratamento, pode levar a complicações graves e ao óbito. O objetivo do estudo é examinar as possíveis causas da variação dos dados e identificar os estados mais afetados, o que pode fornecer informações para as políticas de saúde pública eficazes no combate à epidemia de HIV nesta região.

METODOLOGIA: Trata-se de um estudo ecológico descritivo, quantitativo, utilizando dados do DATASUS, do período de 2013 a 2023.

RESULTADOS: Entre 2013 e 2023, os óbitos por HIV no Nordeste brasileiro variaram. Em 2013 foram 99.496 mortes, subindo para 100.728 em 2014 e 110.855 em 2015. Em 2016, houve 116.870 óbitos, caindo levemente para 115.415 em 2017. Em 2018, o número foi 115.657, com aumento para 122.786 em 2019 e pico de 138.323 em 2020. O ápice ocorreu em 2021, com 169.378 óbitos, seguido por queda para 140.808 em 2022 e 137.152 em 2023. A alta até 2021 sugere agravamento da epidemia, enquanto a redução recente indica melhora nas estratégias, mas sem reverter totalmente o aumento anterior. Os estados com mais casos são: Bahia (25,24%), Pernambuco (20,71%), Ceará (16,33%), Maranhão (9,32%) e Paraíba (7,58%).

CONCLUSÃO: Os dados indicam um aumento nos óbitos por HIV no Nordeste entre 2013 e 2021, com pico em 2020, refletindo possíveis dificuldades no acesso ao tratamento e maior transmissão do vírus. Esse crescimento está ligado a fatores como diagnóstico tardio, falhas na distribuição de antirretrovirais e desigualdades regionais no acesso à saúde. A partir de 2022, observa-se uma leve queda nos óbitos, sugerindo avanços nas estratégias de enfrentamento, embora ainda insuficientes para reverter o crescimento anterior. Investir em políticas públicas que promovam diagnóstico precoce, adesão ao tratamento e reduzam as desigualdades regionais continua crucial para controlar a epidemia na região.

Área

Imunodeficiências

Autores

Wesley Silva de Souza, Taise Sadovski Jácome da Silva, Rafaela dos Santos Lira, Beatriz Chagas Ramos, Luisa Malvar de Castro, Luisa Radünz Steglich Costa, Camilla Virgínio Rocha da Costa, Brenda Melissa Martins da Silva Herlain