Dados do Trabalho


Título

TRATAMENTO DA URTICÁRIA CRÔNICA: O ESPECIALISTA É IMPORTANTE?

Resumo

Introdução: A urticária crônica (UC) pode ser de difícil controle, sendo necessário seguimento adequado. Pode ser associada ou não a angioedema. Métodos: Análise retrospectiva transversal de prontuário de pacientes de serviço de alergia e imunologia, com UC, atendidos de 01 a 07 de 2024. Utilizado formulário para obtenção de dados e feita análise estatística para medidas descritivas e variáveis quantitativas. Resultados: Revisados 76 prontuários, sendo 73,6% do sexo feminino, média de idade de 47,7 anos, 20% com UC espontânea (UCE) isolada, 28% induzida (Ucind) e 52% UCE associada a Ucind. Referiam angioedema 47,4%. Antes do diagnóstico, 51,4% pacientes necessitaram de consulta em pronto-socorro (PS) e foram tratados com corticoide injetável (58,5%), corticoide oral (14,6%), anti-histamínico (anti-H1) injetável (61%), anti-H1 oral (39%) e adrenalina (7,3%). Após atendimento na especialidade, todos utilizaram anti-H1 de 2a geração, sendo 1 dose diária em 26,6%, 2 doses em 34,7%, 3 doses em 6,7%, 4 doses em 32% e 1,3% utilizaram omalizumabe. A exclusão de anti-inflamatórios não hormonais (AINH) ocorreu nos pacientes que relataram piora da UC (28,9%). Ao comparar os pacientes que apresentaram angioedema e os que não apresentaram, não houve diferença significativa no UAS7 máximo (40 versus 42) e nem na dose máxima de anti-H1 (12 em cada grupo). Remissão da UC ocorreu em 21,1%, com duração média de 1,7 anos. Nos pacientes sem angioedema, a duração média foi de 1,14 anos e naqueles com angioedema associado, 2,63 anos. Conclusão: Antes do acompanhamento com especialista, mais da metade dos pacientes com UC procurou PS e recebeu corticoide injetável. Durante o seguimento houve necessidade de mais de 1 dose diária de anti-H1 na maioria dos pacientes (73,4%). Suspensão de AINH foi indicada em cerca de 1/3 dos pacientes. A presença de angioedema associado não influenciou o valor do UAS7 nem a resposta ao tratamento, mas a duração do quadro foi 2,3 vezes maior neste grupo.

Área

Urticária e angioedema

Autores

Ana Paola Martins Tanganini, Marisa Rosimeire Ribeiro, Maria Elisa Bertocco Andrade, Andrea Pescadinha Emery De Carvalho, Fátima Rodrigues Fernandes