Dados do Trabalho


Título

Análise descritiva e epidemiológica dos pacientes internados por sinusite crônica em 10 anos

Resumo

Introdução: A sinusite crônica é uma patologia caracterizada pela inflamação dos seios paranasais, condição responsável por 7% da mortalidade global por ano. Assim, objetivamos analisar o perfil epidemiológico e a morbidade dos pacientes internados por sinusite crônica nas regiões do Brasil entre 2014 e 2023. Métodos: Estudo descritivo, transversal, realizado com o Sistema de Informações de Epidemiologia e Morbidade no Departamento de Informática do SUS (SIH/DATASUS) no período de 2014 a 2023. Os dados foram baseados em pacientes internados por sinusite crônica. As variáveis utilizadas foram: Ano de atendimento, Regiões, Faixa Etária, Sexo, Cor/Raça, Valor Médio do Internamento, Média de Permanência e Taxa de Mortalidade. Resultados: Entre 2014 e 2023, registrou-se 27.133 internações por sinusite crônica. Em 2023 houve a máxima de casos (13,42%, 3.641), sem variações significativas, contudo, registrando um gradual crescimento a partir de 2020. A região Sudeste teve o maior número de internações (53,47%, 14.507) e a região Norte, o menor (3,08%, 837). As mulheres protagonizaram os casos (50,83%, 13.793), tal qual a faixa etária de 50 a 59 anos (19,40%, 5.263) e a raça/cor branca (48,57%, 13.179). A média de permanência foi de 1,93 dias, com o valor médio de R$ 733,86 e taxa de mortalidade de 0,33. A região Norte e Centro-Oeste tiveram a maior média de permanência (2,54 dias), a região norte possuiu a maior taxa de mortalidade (1,74) e a região Nordeste se destacou com o maior valor médio (R$ 879,31). Conclusão: A análise indica a relevância da sinusite crônica no cenário de internações, no Brasil, entre 2014 e 2023. O aumento dos casos desde 2020 preconiza a necessidade de melhorias na Atenção Básica, a fim de evitar a cronificação e suas complicações, com possível evolução para internações e óbito. A região Sudeste se destaca pelo maior volume de notificações de casos de sinusite crônica, o que sugere a prevalência de problemas respiratórios nesta região.

Área

Rinite, rinossinusite, polipose nasal e alergia ocular

Autores

Malik Pinheiro Prates, Laura Mesquita Costa Cunha, Larissa Nery Abreu Vasconcelos, Geison Pereira Araujo Junior