Dados do Trabalho

Título

Análise descritiva e epidemiológica dos pacientes internados por asma em 10 anos

Resumo

Introdução: A asma é uma doença comum na prática clínica, com prevalência no Brasil superior a 10% da população. Essa condição inflamatória crônica pode causar dispneia e até levar à morte, sendo uma das principais causas de hospitalização pelo Sistema Único de Saúde. Assim, objetivamos analisar o perfil epidemiológico e a morbidade dos pacientes internados por asma nas regiões do Brasil entre 2014 e 2023. Métodos: Estudo descritivo, transversal, realizado com o Sistema de Informações de Epidemiologia e Morbidade no Departamento de Informática do SUS (SIH/DATASUS) no período de 2014 e 2023. O dado analisado foi pacientes internados por asma. As variáveis utilizadas foram: Ano de atendimento, Regiões, Faixa Etária, Sexo, Cor/Raça, Valor Médio do Internamento, Média de Permanência e Taxa de Mortalidade. Resultados: Entre 2014 e 2023, o país registrou 854.881 internações por asma. O ano mais crítico foi 2014, com 13,59% do total (116.182 casos), seguido por uma queda até 2020 (5,49%, 46.891 casos), com aumento gradual até 2023. A região Nordeste teve o maior número de internações (38,92%, 332.680 casos), enquanto a Centro-Oeste teve a menor taxa (7,00%, 59.824 casos). As mulheres foram as mais atingidas (50,02%, 427.648 casos), juntamente com faixa etária de 1 a 4 anos (31,65%, 270.577 casos), e os pardos (47,61%, 406.975). A média de permanência foi de 3,12 dias, com um custo médio de R$602,43 e taxa de mortalidade de 0,56. A região Sudeste teve a maior média de permanência (3,48 dias), maior valor médio (R$691,54) e maior taxa de mortalidade (0,76). Conclusão: As amostras indicam um alerta para as internações por asma no Brasil entre 2014 e 2023. O aumento dos casos após a queda em 2020 destaca a necessidade de tratar os sintomas precocemente. A região Sudeste se destaca pela maior média de permanência, valor médio e taxa de mortalidade, o que ressalta a importância de focar no tratamento e prevenção, especialmente para crianças de 1 a 4 anos e a população parda.