Dados do Trabalho
Título
Implementação do primeiro ambulatório especializado em tratamento de asma grave no estado de Alagoas: uma conquista inédita através da união entre pneumologistas e alergistas
Resumo
Asma grave é definida como um subgrupo de difícil tratamento, não controlada apesar da terapia otimizada e do manejo adequado. Estima-se que há mais de 300 milhões de asmáticos no mundo e até 10% apresentam formas graves, associadas a maior mortalidade e internações hospitalares. Entre 2014 e 2023 foram registradas 7.132 internações por asma em Alagoas. Já estão bem estabelecidas na literatura novas abordagens para o diagnóstico, fenotipagem e controle da doença. Ao contrário de outros estados brasileiros, Alagoas ainda não dispunha de atendimento público especializado em asma grave. Objetivo: descrever a implementação do primeiro ambulatório para tratamento de asma grave em Alagoas. Método: Em junho de 2024 o Serviço de Pneumologia e Alergia de hospital privado, em parceria com faculdade privada de medicina, implementaram o ambulatório de asma grave. Os pacientes serão referenciados através da rede de atenção primária dos 103 municípios do estado. A divulgação foi feita através de contato telefônico com as secretarias de saúde, além de cartazes nas UPAS, UBS e hospitais. A equipe executora envolve estudantes de graduação de medicina, médicos residentes em pneumologia, além dos professores pneumologistas e alergistas. Os pacientes receberão abordagem sistematizada de acordo com o GINA, que envolve confirmação do diagnóstico, investigação e controle de comorbidades, fenotipagem e medidas educativas. Serão realizados Pletismografia com DCLO, medida do oxido nítrico exalado, hemograma e medida de IgE sérica total. Resultado e Discussão: Nos últimos 2 meses foram atendidos 12 pacientes, dos quais 8 tiveram o diagnóstico de asma grave confirmado (GINA step 5). Destes, 5 pacientes receberam prescrição de Omalizumabe e 3 de Dupilumabe, disponibilizados através da através da rede pública. Será necessário estudar um número maior de pacientes, porém, estima-se que esta intervenção inédita contribuirá para redução das internações e mortalidade por asma no estado.
Área
Asma e lactente sibilante
Autores
Cynthia Mafra Fonseca de Lima, Renato Leao Praxedes Araujo, Maria Eduarda Lisboa Costa, Alice Andrade Almeida, Amanda Sena Cocivera Machado, Carolina Wanderley Lopes Oliveira, Lara Gabrielle Franca Santana, Maria Eduarda Ribeiro Machado, Fernanda Mel Costa Moraes, Maria de Fátima Alecio Mota