Dados do Trabalho


Título

Ptiríase Liquenoide Crônica: Diagnóstico diferencial a ser lembrado pelo alergista

Resumo

INTRODUÇÃO: Pitiríase liquenoide (PL), é um distúrbio raro, com predomínio pediátrico, de difícil diagnóstico e evolução imprevisível. É classificada como doença inflamatória cutânea com etiologia incerta. Compreende a pitiríase liquenoide varioliforme aguda (PLEVA) e pitiríase liquenoide crônica (PLC), que se manifestam com pápulas vermelho-acastanhadas polimórfica disseminada, assintomáticas e com escamas aderentes. O envolvimento difuso do tronco e das extremidades proximais é típico. O tratamento é feito com fototerapia UVB de banda estreita, (UBV NB - 1a linha), eritromicina oral com ou sem corticosteroides tópicos e metotrexato em baixa dose (2a linha). PLC tem como diagnósticos diferenciais a papulose linfomatoide, psoríase gutata e erupção medicamentosa. A PLC pode persistir com alterações pigmentares na ausência de outros sinais de inflamação ativa. A resposta ao tratamento é limitada e raramente pode evoluir para linfoma sendo necessário excisão cirúrgica ou radioterapia. RELATO DE CASO: Menina de 7 anos vem em consulta com alergista, pelo aparecimento de pápulas eritematosas, algumas com crostas pequenas, outras com descamação periférica, distribuídas por membros superiores, inferiores e tronco. Início do quadro há quase 2 meses. Negava prurido, infecções ou vacinação antes do início das lesões. Referia antecedente de dermatite atópica. Feita hipótese de PLC, confirmada pela histopatologia: presença focos de paraceratose, acantose regular, exocitose de linfócitos, focos de espongiose, degeneração vacuolar da camada basal, infiltrado inflamatório linfohistiocitário superficial e perivascular. Iniciada fototerapia com UVB NB. Atualmente, mesmo após 5 meses de tratamento, mantém aparecimento de novas lesões. DISCUSSÃO: Entre as possíveis etiologias de PLC, temos resposta inflamatória a agente infeccioso ou vasculite de hipersensibilidade mediada por complexo imune, o que pode gerar confusão com farmacodermia e deve ser lembrada como diagnóstico diferencial.

Área

Outros

Autores

VITOR SALUME SILVA, FATIMA RODRIGUES FERNANDES, MARIA ELISA BERTOCCO ANDRADE, ADRIANA TEIXEIRA RODRIGUES, MARIO CEZAR PIRES, NATALIA BIANCHINI BONINI, DENISE GUERRA LADEIA, RODRIGO LUIS CHIAPARINI