Dados do Trabalho

Título

Manejo de dermatite atópica refratária, asma e rinossinusite crônica com polipose nasal em paciente com atopia grave: um relato de caso

Resumo

INTRODUÇÃO: Asma, rinite alérgica (RA) e dermatite atópica (DA) são doenças crônicas comumente associadas, resultando em um quadro inflamatório complexo. Nessa perspectiva, este estudo relata o caso de um paciente com DA grave refratária a imunobiológico mas asma e rinossinusite crônica com polipose nasal (RSCcPN) recidivante responsiva à imunobiológico. RELATO DO CASO: Paciente masculino, 42 anos, nipo-brasileiro, diagnosticado com DA grave refratária ao tratamento, asma moderada controlada, RSCcPN, RA. Desde 2017, segue com otorrinolaringologista em função de RA e RSCcPN, tendo realizado cirurgia funcional para hipertrofia de cornetos, desvio septal e polipose nasal bilateral. Em 2021, iniciou acompanhamento com alergista devido à descontrole da DA e asma desde a infância. Nos últimos anos relata múltiplos episódios de exacerbação do eczema, índice SCORAD 72,7. Realizou inúmeros tratamentos prévios para DA sem sucesso: dupilumabe, baricitinib e upadicitinib, inclusive combinados. Retornou em 2023 com quadro de polipose nasal refratária, necessitando de nova cirurgia e retomada do dupilumabe, melhorando asma e RSCcPN, mas sem resolução da DA, o que exigiu a associação com metotrexato (MTX). Em 2024, mesmo em dose máxima de MTX, ainda apresenta sintomas descontrolados de DA. DISCUSSÃO: Esse relato de caso ilustra a complexidade e a refratariedade no manejo do paciente com comorbidades atópicas graves. A eficácia do dupilumabe para as condições respiratórias contrastou com sua insuficiência no controle da DA, ressaltando a heterogeneidade fenotípica da doença e a necessidade de individualização do tratamento. A recidiva da RSCcPN, apesar das intervenções cirúrgicas apresentou controle somente com uso de imunobiológico; Isso enfatiza o desafio no controle de quadros inflamatórios em pacientes atópicos, destacando-se a importância de abordagens terapêuticas personalizadas e o uso de novas opções de tratamento, otimizando os cuidados em múltiplas comorbidades atópicas.