Dados do Trabalho
Título
Hospitalização por Asma em Crianças de 0 a 4 Anos no Brasil: Um Estudo de Coorte Retrospectivo por Região (2012-2022)
Resumo
Introdução
Este estudo analisou as taxas de hospitalização, entre 2012 e 2022, por asma em crianças de 0 a 4 anos nas 5 regiões brasileiras, investigando as desigualdades regionais que afetam essas taxas.
Métodos
Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), abrangendo as 5 regiões brasileiras, de 2012 a 2022. A taxa de hospitalização por asma foi definida como a razão, expressa por 100.000 habitantes, do número de internações hospitalares de crianças de 0 a 4 anos sobre a população residente dessa faixa etária daquela região e ano específico, conforme os censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os censos de 2023 e 2024 não foram incluídos, pois ainda não foram publicados. As taxas foram arredondadas para 1 casa decimal. Avaliou-se a amplitude e as variações percentuais anuais(arredondadas para 2 casas decimais) dessas taxas. O estudo obteve aprovação ética.
Resultados
O Nordeste revelou consistentemente as maiores taxas de hospitalização por asma em crianças de 0 a 4 anos de 2012 a 2020, enquanto o Centro-Oeste apresentou as menores taxas durante 7 anos do período 2012 a 2022. De 2019 para 2020, todas as regiões apresentaram uma redução percentual nas taxas de hospitalização, com a maior queda no Sul, de aproximadamente 64.75%. De 2021 a 2022, houve uma elevação geral, com destaque para o Sul, que teve um aumento aproximado de 302.42%. A maior amplitude foi na Região Nordeste (428.6) e a maior estabilidade no Sudeste (184).
Conclusão
Regiões com as menores e mais estáveis taxas de hospitalização por asma sugerem eficácia nas intervenções preventivas. A queda geral dessas taxas entre 2019 e 2020 refletiu as medidas de distanciamento social e a subnotificação da asma durante a pandemia do coronavírus 2019, enquanto a elevação entre 2021 e 2022 retratou o relaxamento dessas medidas, ressaltando as disparidades regionais e o impacto ambiental nas hospitalizações por asma.
Área
Asma e lactente sibilante
Autores
MARIANA BARROSO NOGUEIRA